Mais uma vez só na torcida, Henrique garante: 'Flamengo não cai'

Ex-zagueiro rubro-negro estava lesionado em 2004 e não pôde ajudar o time contra o Cruzeiro. Jogador hoje cogita defender a seleção francesa

 

Quando o Flamengo entrou em campo no dia 19 de dezembro de 2004 para enfrentar o Cruzeiro, em Volta Redonda, para tentar escapar do rebaixamento para Série B, Henrique não estava em campo. Com uma lesão no joelho, que o afastou do gramado por três meses, o zagueiro até foi ao Raulino de Oliveira, mas ficou apenas na torcida pelos companheiros. Neste domingo, a história se repetirá, com algumas semelhanças. Novamente afastado dos gramados, desta vez por uma pubalgia, o jogador do Bordeaux, da França, não poderá ajudar seu time do coração na luta contra a degola. Porém, não parece muito preocupado.

- Não tenho dúvidas de que o time vai sair desta situação. Não cai. Tenho certeza absoluta - disse o jogador, por telefone.

Daquela vitória por 6 a 2 sobre a Raposa e da época de Flamengo, Henrique só tem boas lembranças. Em Volta Redonda, viu o time escapar da degola após uma temporada delicada, além de presenciar seu grande amigo André Bahia marcar dois gols na despedida do clube. Memórias, no entanto, que se transformam em lamentações, quando o zagueiro pensa que essa geração poderia ter feito muito mais do que simplesmente ajudar o clube a não ser rebaixado.

- Foi um jogo especial. Vi o meu irmão André Bahia marcar dois gols em seu último jogo pelo Flamengo. Emocionei-me de verdade. Ainda teve aquele golaço do Felipe. Era uma geração muito boa. O Adriano e o Felipe Melo subiram primeiro. Depois veio o André (Bahia), o Ibson, o Andrezinho, o Jean. Ainda somos muito amigos. Às vezes nos encontramos. Foi uma geração que poderia ter conquistado muitos títulos e ter feito uma história muito bonita com a camisa do Flamengo.

Zagueiro cogita defender a França

Mas o carinho pelo Rubro-Negro não deve aproximar Henrique da Gávea, pelo menos por enquanto. Em recuperação de uma pubalgia, o zagueiro não joga há três meses e passou recentemente duas semanas se recuperando no Corinthians, com o médico Joaquim Grava. Mesmo assim, a intenção é se recuperar o mais rápido o possível e, quem sabe, defender a seleção francesa.

- Tenho um carinho muito grande pelo Flamengo. Mas sou profissional. O Corinthians também me recebeu muito bem em um momento complicado. Estava com problemas já superados no Bordeaux, que prefiro guardar para mim. Mas no momento só penso em me recuperar. Devo voltar a jogar em janeiro. Estou para tirar o passaporte francês. Quem sabe não posso jogar pela França? Não parei para pensar sobre isso. Conheço muito bem o Laurent (Blanc, técnico dos Le Bleus). É um cara muito inteligente. Conquistamos três títulos juntos pelo Bordeaux, incluindo o Campeonato Francês.