segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Conselho Fiscal decide nesta terça se vai investigar parceria entre Fla e CFZ

Reunião extraordinária votará a criação de uma comissão para apurar os efeitos do acordo entre o Rubro-Negro e o clube fundado por Zico

 

Membros do Conselho Fiscal do Flamengo votam, às 18h30m da próxima terça-feira, em reunião extraordinária na sede do clube, na Gávea, a criação de uma comissão de inquérito para investigar o contrato (já extinto) entre o Flamengo e o CFZ, clube fundado por Zico. O acordo vigorou durante cinco meses e virou o estopim da saída do Galinho do clube.

Leonardo Ribeiro, o Capitão Léo, foi um dos protagonistas da crise. No início de outubro, Zico, então diretor-executivo de futebol, decidiu deixar o cargo por conta das acusações feitas pelo presidente do Conselho, que levantou suspeitas de que o contrato assinado entre o Rubro-Negro e o CFZ (controlado pela empresa MFD), seria lesivo ao Fla. E que Arthur Júnior e Bruno, filhos do ídolo, teriam participação em contratações feitas pelo Flamengo.

Zico foi à Justiça e ingressou com uma ação no 4º Juizado Especial Criminal, no bairro do Leblon (Zona Sul do Rio), em seu nome e dos filhos. Ele acusou Leonardo Ribeiro de calúnia, difamação e injúria (artigos 138, 139 e 140, respectivamente, do Código Penal) e pediu explicações. O presidente do Conselho Fiscal teve de respondê-las e recuou. Entretanto, diz que voltará à carga internamente.

- Os sete membros eleitos do Conselho Fiscal vão votar. Se tivermos quatro votos a favor, será criada uma comissão de inquérito para apurar a transferência de direitos econômicos de jogadores do Flamengo ao CFZ. Demos 15 dias para o CFZ responder a quem pertencem os direitos e não houve resposta. O primeiro a ser notificado a prestar esclarecimentos será o senhor Arthur Antunes Coimbra, na qualidade de ex-diretor de futebol do clube. Aguardaremos a presença dele – afirmou.

Capitão Léo foi o principal desafeto de Zico nos quatro meses em que o maior ídolo rubro-negro comandou o futebol do clube. Sem apresentar provas concretas, dizia que jogadores que eram do CFZ começaram a chegar às categorias de base do Flamengo, ganhando espaço dos atletas que pertenceriam ao Rubro-Negro. Os direitos desses jogadores seriam repartidos, 50% para o fundo de investimentos e 50% para o Fla, o que, segundo ele, causaria prejuízo ao clube no futuro.

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